Wednesday, September 22, 2010

Ninguém diz isso para as pessoas

Estava ouvindo o rádio outro dia e escutei a entrevista de Vicki Thorn. Eu não sabia, mas ela é a fundadora do Projeto Rachel do qual fui voluntária na minha antiga paróquia.

Enfim, ela falou de um assunto que eu desconhecia até então: a bioquímica da pílula. Gente, isso é muito sério.

Abaixo eu coloquei o vídeo de uma pequena parte da palestra dela  e a tradução daquilo que ela fala para aqueles que não podem ver o vídeo por causa de conexão lenta ou não entendem porque não sabem inglês. No final tem o endereço de onde adquirir o DVD com a palestra dela.

A Biologia da Teologia do Corpo



Essa questão dos anticoncepcionais químicos é uma questão muito séria.

Estamos no aniversário da Humanae Vitae, e eu vou dizer uma coisa, o Espírito Santo nos pôs na linha com esse documento por causa dos leigos e outros faziam pressão para que deixássemos a questão dos anticoncepcionais químicos de lado dizendo: "isso não é um problema de verdade, sabe, Deus criou isso também e deveria ser okay".

Mas deixa eu explicar uma coisa para vocês, existem alguns problemas verdadeiramente graves. E eu não estou falando de problemas morais, estou falando de ciência.

Se eu não faço uso de anticoncepcional químico ... vocês se lembram que eu disse que existe uma divisão de pessoas em 80% e 20%.

Se eu faço parte dos 80% e conheço um homem (estou falando da parte feminina), eu conheço um homem e ele cheira bem. Esse é o primeiro sinal. Isso não significa que ele seja necessariamente um bom parceiro, sabe, é preciso levar outras coisas em conta, mas esse é o primeiro.

Muito bem, agora, o que isso significa é que, se eu não estiver usando anticoncepcional químico então ele é um bom par para o meu sistema imunológico.

Isso se chama complexo MHC, Complexo Principal de Histocompatibilidade (Major Histocompatibility Complex). Todas as nossas células possuem esse marcador, e nós percebemos isso através dos feromônios.

Os animais reagem assim. No reino animal os animais não acasalam com aqueles cujo sistema imunológico seja muito parecido com o deles, eles são considerados parentes, e isso é percebido pelo odor, eles sabem disso e o mesmo acontece conosco neste sentido.

Agora, é por isso que não nos casamos com primos em primeiro grau, é preciso haver uma diferença aqui em termos de fertilidade.

Se eu estiver usando anticoncepcionais químicos, faço parte dos 20%, eu sou atraída pelo odor de homens que são muito parecidos com meu pai ou meu irmão em termos de sistema imunológico. Isso significa que, caso nos casemos, a fertilidade fica reduzida.

A primeira vez que se falou disso na Europa, o Guardian que não é um jornal cristão, é um jornal secular no Reino Unido, publicou um artigo sobre o teste do cheiro. E o teste do cheiro funciona assim:

Se você estiver usando anticoncepcional químico e você conhece a pessoa que você acha que é o Mr. Right e você quer ter filhos com ele, então você precisa fazer o seguinte: você precisa parar de usar o anticoncepcional químico e deixar que seu corpo volte ao normal. Não sei quanto tempo isso demora. Segundo, depois que seu corpo tiver voltado ao normal, então você faz com que o Mr. Right (ou Mr. Wrong) use uma camiseta por 3 dias sem usar nada que tenha cheiro - nada de loção após barba, nada de sabonete cheiroso, nada de shampoo - e então depois você cheira a camiseta dele. Se a camiseta não lhe cheirar bem, então essa não é uma boa parceria.

Alexander Sanger, você conhece o nome, o neto de Margaret Sanger da International Planned Parenthood, menciona essa pesquisa no livro Beyond Choice, e ele diz que a pílula é um medicamento terrivelmente nocivo não só para as mulheres mas para a sociedade porque nós alteramos nossa fertilidade de uma forma que jamais será corrigida.

Ninguém diz isso para as pessoas.

Não é que você não vá amar essa pessoa, mas se você tentar ter filhos provavelmente terá problemas em conceber, terá aborto espontâneo ou problemas de fertilidade.

Se você parar de usar a pílula e não engravidar, pode acontecer de você não gostar mais dele. Tenho que dizer-lhes, eu conheço casais que não sabem porque se divorciaram mas já não se gostavam mais.


DVD: The Biology of the Theology of the Body - Our Father's Will Communications

Monday, September 20, 2010

Abusos litúrgicos

Wednesday, September 1, 2010

Uma estória de amor

Era uma vez um soldado americano que servia numa base estrangeira. Certo dia, ao ler o jornal da sua terra, enviado pela mãe, viu a fotografia de uma moça. O soldado não a conhece. Nunca ouviu falar nela. Porém, ao fitá-la, diz: "Oh, agrada-me esta moça. Gostaria de casar-me com ela".

O endereço da moça estava no pé da foto e o soldado decide escrever-lhe, sem muita esperança de receber resposta. E, no entanto, a resposta chega. Começam uma correspondência regular, trocam fotografias e contam mutuamente todas as suas coisas. O soldado enamora-se cada dia mais dessa moça, que nunca viu.

Finalmente, o soldado é licenciado e volta para casa. Durante dois anos cortejou-a à distância. Seu amor por ela fê-lo melhor soldado e melhor homem; procurou ser o tipo de pessoa que ela queria que fosse. Fez as coisas que ela desejaria que fizesse e evitou as que a desagradariam se chegasse a conhecê-las. Já é um anseio ardente por ela o que palpita em seu coração, e está voltando para casa.

Podemos imaginar a felicidade que embeberá cada fibra de seu ser ao descer do trem e tomar, enfim, a moça em seus braços? "Oh! — exclamará ao abraçá-la — se este momento pudesse eternizar-se!".

Sua felicidade é a felicidade do amor alcançado, do amor que se encontra em completa posse da pessoa amada. Chamamos a isso fruição do amor. O jovem recordará sempre este instante – instante em que seu anseio foi premiado com o primeiro encontro real - como um dos momentos mais felizes da sua vida na terra.

É evidente que se, para começar, o jovem não se tivesse impressionado com a fotografia, ou se após umas poucas cartas tivesse perdido o interesse por ela, pondo fim à correspondência, essa moça não teria significado nada para ele, ao seu regresso. E mesmo que a encontrasse na estação, à chegada do trem, para ele o seu rosto teria sido como outro qualquer na multidão. Seu coração não se sobressaltaria ao vê-la.

É evidente que não podemos amar o que não conhecemos.

Se esse jovem não tivesse visto a fotografia da moça, é claro que nunca teria chegado a amá-Ia. Não poderia ter-se enamorado de alguém de quem nem sequer tivesse ouvido falar. E se, mesmo depois de ver a fotografia da moça, não lhe tivesse escrito e, pela correspondência, tIvesse conhecido o seu atrativo, o primeiro impulso de interesse nunca se teria transformado em amor ardente.

Por isso "estudamos" religião. Por isso temos aulas de catecismo na escola e cursos de religião no ensino médio e superior. Por isso ouvimos sermões aos domingos na Missa e lemos livros e revistas de doutrina cristã. Por isso temos circulos de estudo, seminários e conferências. São parte do que poderíamos chamar a nossa "correspondência" com Deus. São parte do nosso esforço por conhecê-lo melhor, para que nosso amor por Ele possa crescer, desenvolver-se e conservar-se.

fonte: Leo Trese, A Fé Explicada